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Quando é necessário se consultar com um especialista em joelho?

  • Foto do escritor: Milton Linhares Junior
    Milton Linhares Junior
  • 9 de abr.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 17 de abr.

A dor no joelho é uma das queixas ortopédicas mais comuns em consultórios e pode afetar pessoas de todas as idades, desde atletas até indivíduos sedentários. Muitas vezes, sintomas no joelho são tratados com repouso, gelo e anti-inflamatórios, prescritos por colegas médicos generalistas ou utilizados mesmo sem supervisão, sendo esta última opção com alguns riscos. No entanto, saber o momento certo de procurar um especialista em joelho pode ser importante para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz, evitando possíveis complicações.



Quais sintomas indicam a necessidade de procurar um ortopedista especialista em joelho?

Nem toda dor ou estalido no joelho é grave e precisa de cirurgia, mas saber o momento certo de procurar ajuda especializada é importante para descartar o que necessita de intervenção. A seguir, veja alguns sinais de alerta que indicam bons motivos para procurar um especialista de joelho:


  • História de trauma, como quedas, entorses ou pancadas seguidas de dor de difícil melhora no joelho.

  • Dor persistente no joelho que dura mais de 7 a 10 dias, mesmo após repouso e uso de medicação analgésica.

  • Inchaço (derrame articular) que se repete ou se mantém por mais de 48h.

  • Estalos dolorosos, falseios ou instabilidade, durante exercícios, principalmente se surgirem em exercícios de baixa intensidade como andar ou subir escadas.

  • Perda de movimento, impossibilidade para dobrar ou esticar completamente o joelho.

  • Sensação de joelho “saindo do lugar”, que pode ser alguma lesão ligamentar ou uma instabilidade da patela.

  • Limitação progressiva para atividades físicas ou mesmo tarefas do dia a dia, causadas por dor ou desconforto no joelho.


De acordo com algumas evidências clínicas e diretrizes recentes, em diversas patologias do joelho, a avaliação precoce com um especialista pode reduzir o risco de dor crônica e aumentar as chances de sucesso com tratamentos conservadores.


O que um especialista em joelho faz?

O ortopedista com subespecialização em cirurgia do joelho possui formação específica para diagnosticar e tratar desde casos simples até condições complexas dessa articulação. Entre os problemas mais comuns estão:

  • Artrose (desgaste da cartilagem)

  • Lesões ligamentares (como a do ligamento cruzado anterior – LCA)

  • Tendinites e bursites

  • Lesões dos meniscos

  • Lesões da cartilagem do fêmur, patela e tíbia

  • Instabilidade patelofemoral (luxação ou subluxação da patela)

  • Sobrecargas esportivas

  • Fraturas ao redor do joelho

  • Infecções articulares


Além disso, esse profissional está apto para indicar tratamentos modernos como infiltrações com produtos da medicina regenerativa, artroscopias (cirurgia por vídeo minimamente invasiva), cirurgias de realinhamento (osteotomias) e próteses de joelho, quando necessário.


Esperar “melhorar sozinho” pode não ser a melhor opção

É comum que muitos pacientes adiem a ida ao médico, seja por falta de tempo, medo de precisar operar ou pela esperança de que a dor passe sozinha. No entanto, o atraso no diagnóstico pode agravar lesões como as meniscais ou condrais, aumentando a dificuldade do tratamento e reduzindo as chances de uma recuperação completa.

Segundo a American Academy of Orthopaedic Surgeons (2022), o tempo entre o início dos sintomas e o início do tratamento é um fator determinante para o sucesso clínico, especialmente em condições degenerativas ou traumáticas do joelho.


Conclusão: Avalie seu joelho com quem entende do assunto

Se você está sentindo dor, inchaço ou instabilidade no joelho que está prejudicando suas atividades diárias, não adie sua consulta. O ortopedista especialista pode diagnosticar com precisão, indicar o melhor tratamento e acompanhar sua recuperação de forma segura e eficaz. Quanto mais cedo for iniciado o cuidado, maiores as chances de evitar cirurgias e voltar à sua rotina com qualidade de vida.



Referências:

  1. Crossley KM, van Middelkoop M, Callaghan MJ, Collins NJ, Rathleff MS, Vicenzino B, et al. Patellofemoral pain consensus statement from the 4th International Patellofemoral Pain Research Retreat, Manchester. Part 1: Terminology, definitions, clinical examination, natural history, patellofemoral osteoarthritis and patient-reported outcome measures. Br J Sports Med. 2020;54(10):538–545.

  2. Beaufils P, Becker R, Kopf S, Englund M, Verdonk R, Ollivier M, et al. ESSKA consensus on management of degenerative meniscus lesions. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc. 2017;25(2):335–346.

  3. Logerstedt D, Lynch A, Axe MJ, Snyder-Mackler L. Evidence-based clinical practice guideline for anterior cruciate ligament rehabilitation: 2020 update. J Orthop Sports Phys Ther. 2020;50(11):A1–A85.

  4. Filbay SR, Ackerman IN, Russell TG, Macri EM, Crossley KM. Quality of life and functional outcomes after anterior cruciate ligament reconstruction: a systematic review and meta-analysis. Br J Sports Med. 2020;54(11):651–659.

  5. American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS). Knee Pain Clinical Practice Guidelines. Rosemont, IL: AAOS; 2022.


 
 
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